segunda-feira, 12 de maio de 2008

QUERIDAS BIBLIOTECAS

Faço agora um período de intervalo noutras memórias para trazer as de algumas visitas a Escolas e Bibliotecas.

A leitura está relacionada com a cidadania, com a formação profissional, com a saúde pessoal, comunitária e social. Portugal, também pelos baixíssimos índices de leiura está doente.

É bom dizer que há uma revolução silenciosa no nosso país levada a cabo pelas cerca de 160 Bibliotecas Municipais construídas nos últimos 16/17 anos e pela rede das Bibliotecas Escolares que está em plena expansão.

No entanto, apesar do Plano Nacional de Leitura e do crescimento das redes de Bibliotecas Públicas e Escolares, falta-nos uma política mais claramente empenhada e com muito mais capacidade de investimento (se compararmos com as políticas e os investimentos de todos os outros países da UE)para podermos sair do último lugar da Europa em hábitos de leitura.

O país ainda não vestiu a camisola da leitura. O silêncio é quase geral nos média que se pautam por uma quase total ignorância relativa às questões da cultura e do incentivo à leitura.

As grandes empresas ainda não aprenderam com exemplos vindos das grandes empresas francesas e espanholas que em muitos casos dão uma importância determinante ao incentivo à leitura para o aperfeiçoamento da formação profissional e a adaptação da mão de obra aos novos desafios tecnológicos.

As redes de Bibliotecas Públicas e Escolares e os que aí trabalham fazem-no em geral com um dinamismo excepcional. Das muitas sessões que tenho feito por esse país fora nos últimos anos aqui vão mais uns testemunhos. Levo poesia, histórias e contos,e a disponibilidade para partilhar o prazer das palavras e das extraordinárias viagens que elas proporcionam.

Recebo muito afecto e a certeza de que esta revolução silenciosa das bibliotecas dará magníficos frutos a seu tempo. Mas estou certo de que esse tempo seria encurtado com benefícios para todos se a instâncias políticas, mediáticas e empresariais assim o quisessem.

1 comentário:

LeniB disse...

Estou plenamente de acordo consigo.
Também louvo o trabalho de todos que, de um modo ou de outro, contribuem para que se leia mais neste país.
Faço parte do grupo que coordena o PNL na minha escola e temos investido bastante para que o panorama se altera, mas não é fácil.
Boa semana