terça-feira, 6 de julho de 2010

A NOSSA MATILDINHA



Era assim que nós, os outros escritores para a infância, tratávamos com um carinho sem fim a "nossa" Matilde Rosa Araújo.

Era a nossa decana, dizia com frequência o António Torrado. E ela, um dia, com o seu humor delicadíssimo, respondeu ao António: "De cana, não, filho! De bengala, de bengala..."

A Matilde, que em cada livro tinha sempre uma dedicatória especial para a minha flha Matilde, punha a criança à frente de tudo. E é bom lembrar isso neste tempo em que a criança se tornou, por vezes, num empecilho, outras vezes num produto do super-mercado da fama.

Li por aí que era a fada-madrinha da literatura para a infância. E era. Uma inspiração muito forte para todos nós, pais, professores ou escritores.

3 comentários:

Pedro Branco disse...

Tanto era a Matilde... feliz por a ter conhecido!

Maria disse...

Foi minha professora.
E já sinto saudades...

Leonor Lourenço disse...

Perfeito! É isso mesmo,. Quando foi à Biblioteca convidada por mim, tratou com a mesma dedicação a 1ª criança como a 7ª e a todas dedicou uns segundos de conversa. Fantástica! Inesquecível !
Marcou uma geração. Como gosto dela!
Leonor
Sim, falo no presente, claro!